ALL COPS ARE BASTARDS





A polícia do Rio tem seus próprios problemas. Em semanas recentes, os jornais registraram meia dúzia de casos de policiais matando moradores de rua e mendigos para depois lançar os corpos em rios próximos, que desaguam na Baía de Guanabara.

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Um colunista do Brazil Herald, o jornal diário de língua inglesa do Rio, observou que “o método adotado por muitos membros da polícia para lidar com o problema social é se livrar da miséria, lançando mendigos no rio... não está sendo aprovado por todos, apesar de sua inegável eficácia.”

Os policiais são suspeitos de aplicar sumariamente a pena de morte a indivíduos considerados maus elementos. E mais: o povo imagina que o terrorismo usado em alguns distritos policiais parece ser o tratamento normal não apenas para criminosos perigosos, mas também para meros suspeitos e possivelmente até mesmo para inimigos pessoais dos policiais.

Segundo a opinião de um homem, “ser expulso da corporação não pode ser considerado uma punição cruel ou incomum para policiais que matam pedintes ou moradores de rua que os incomodam e se metem no seu caminho enquanto estão tentando fazer seu trabalho – que consiste principalmente em coletar propinas”.

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Onde a autoridade civil é fraca e corrupta, o exército acaba se tornando rei. Até mesmo as palavras “justiça” e “autoridade” assumem significados diferentes. O exército não vê crime em sua ação.


Hunter Thompson, 1963



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4 Comments:

At 17 de maio de 2007 às 14:03, Anonymous Chinaski said...

Foda-se. o lance é fazer justiça com as próprias mãos também... matar um juiz, jogar uma bomba numa delegacia, dar um colado num verador ou num puto dum guarda de transito.... chega de só pagar imposto e tomar na cabeça, compre um carro velho e não pague as multas, encerre sua conta no banco, mande seu chefe tomar no cú... falando nisso, vai tomar no cú!!!

 
At 17 de maio de 2007 às 16:53, Anonymous Anonymous said...

texto de 1963... e nada mudou.

 
At 18 de maio de 2007 às 14:59, Anonymous Alex Senna said...

gonzo journalism

 
At 26 de agosto de 2007 às 21:47, Anonymous Leandro Pinto said...

salve gonzo.... o jornalismo é por essência uma ação política; até mesmo o conteúdo ideológico (no sentido dado por Marx ao termo ideologia) que ele transmite se torna um problema polítco; o jornalismo não possui método científico algum em suas "observações" e "descrições" da vida social; é antes de qualquer coisa uma paixão, um veículo de opiniões e delírios... as crônicas, reportagens, editoriais, fotografias, estatisticas, desenhos, imagens, entrevistas, tudo que o jornalismo transmite é duvidoso, subjetivo, filosoficamente medíocre, sem consistencia epistemológica... pior ainda é o jornalismo praticado pelas grandes empresas capitalistas (tipo globo e veja) que ocultam sua metodologia de trabalho enquanto afirmam uma neutralidade e objetividade pífia, pura hipocrisia de fascistas enrustidos que não querem revelar suas podres intenções de controle...

nesse contexto é admirável um cara como hunter thompson, que até mesmo chegou a trabalhar na grande mídia, mas foi corajoso e iconoclasta o suficiente para implodir todas as normas oficiais e não explicitas do jornalismo convencional... ele demoliu o mito da objetividade e apresentou de forma nua e crua o jornalismo como um exercício de transfenomenologia, que modifica os fenômenos observados, que implica o observador na observação, que assume a subjetividade, e finalmente, para arrasar de uma vez com a "neutralidade", considera o texto jornalístico como uma prática retórica e estilística que só artificialmente se separa da literatura.... jornalismo gonzo é ficção e a ficção é capaz de expressar muito mais profundamente a realidade social do que qualquer "reportagem" "objetiva"...

 

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